George Steiner e a consideração sobre aqueles que queimam livros – Luiz Ribeiro

O filósofo e crítico literário George Steiner (1929-2020) revela a importância dos livros na mudança da realidade do homem, sendo uma chamada contra a barbárie e a brutalização da vida. Livros expressam a paixão por ideias e o desejo de imortalidade através de suas palavras, inspirando futuras gerações.

Liberalismo e Romantismo: Donoso Cortés

Poucos são os personagens tão representativos do romantismo político oitocentista quanto Juan Donoso Cortés (1809-1853). O pensador “extremo” da região de Extremadura esteve sempre na linha da frente do combate intelectual em defesa do que acreditava em todos os períodos da sua vida. Um homem do seu tempo, o tempo convulsivo da Europa das revoluções do século XIX, mas também um pensador de projeção universal e duradoura.

Ashmedai, Lilith, Demônios e a Questão do Acasalamento com Humanos – Rafael Daher

O tema do sexo entre espíritos, demônios e humanos e o nascimento de descendentes que são metade humanos e metade demônios, tendo como resultado uma demônio fêmea, é muito comum em diferentes formas nos contos populares de todas as nações. Muitos contos deste tipo narrativo requerem esclarecimento, entre os quais os da literatura semita. O problema central subjacente a estas histórias é a luta pelo poder entre o mundo humano e o mundo demoníaco. A visão da existência de duas autoridades humana e demoníaca, natural e sobrenatural, serviu de pedra angular na visão de mundo do hebreu antigo.

O Anjo da Morte no Folclore Judaico e Muçulmano – Rafael Daher

O anjo da morte ocupa um lugar de destaque na visão de mundo da humanidade em todos os locais e em todas as gerações. Na tradição cultural do Médio Oriente (e do antigo Egipto) se enraizou o conceito do deus da morte (ou na tradição posterior: o anjo da morte), como uma personalidade que impõe terror e medo aos homens.

Caim e Abel

“A sociologia simbólica de Buddha, Moisés e Rousseau nos ensina, pois, que há dois tipos essenciais de civilização: uma civilização espontânea secundum natura, própria dos homens e dos povos nômades e pastores de mentalidade intuitiva, de cultura empírica e tradicional, unidos em agrupamentos naturais, os filhos de Abel…, e a outra civilização, própria dos homens e dos povos sedentários e industriais, de mentalidade reflexiva, de cultura especulativa e dialética, agrupados por um vínculo artificial sustentado pela coação política e a elaboração racional da lei, os filhos de Caim…A primeira é a civilização dos povos orientais; a segunda é a que os gregos impuseram ao Ocidente. Os gregos, cainitas típicos, criaram definitivamente a cidade e sua civilização”

Joana D’Arc – Coragem e fé

Ellaline Terriss as Joan of Arc, 1900’s. O artigo a seguir trata de aspectos biográficos da vida da santa e guerreira Joana D’Arc responsável por liderar tropas francesas durante a Guerra dos Cem Anos. Além de questões familiares e pessoais, são consideradas no debate aspectos filosóficos acerca do cultivo das virtudes tanto dos santos quanto …

Blavatsky: a Mãe da Espiritualidade do Mundo Atual – Cristian Derosa

Neste ensaio escrito por Cristian Derosa, aborda-se a influência da mística russa Helena Blavatsky na formação da espiritualidade moderna da sociedade atual. É discutido o seu papel como guru do movimento esotérico da Nova Era e como suas ideias impactaram na formação de correntes ideológicas do século XX e XXI, como o globalismo, o nazismo e o eurasianimo.

Quem é Gurdjieff?

Artigo publicado originalmente por Olavo de Carvalho em 1986-87 e reproduzido aqui na íntegra. Segundo o autor, Gurdjieff é um mestre espiritual enquadrado na categoria de “ascetas do mal”, os quais, mediante exercícios espirituais ascéticos aberrantes, conseguem tornar-se o pólo de vastos desequilíbrios e arrastando a muitos para a voragem da dissolução total e irremediável.

Ocidente e Islã: encontro de civilizações?

O ensaio a seguir busca analisar a relação e a influência da cosmovisão islâmica no Ocidente a partir de um viés não só religioso, mas principalmente geopolítico, partindo da revisão conceitual e metodológica empreendida pelo pensador islâmico Mohammed Arkoun. Autor: Alessia Filippazzo. Tradução (Italiano – Português): Eliseu Cidade

A Violência como Mito Fundador segundo René Girard – Tiago Barreira

As investigações de Girard sobre o desejo mimético não se limitam somente ao campo da crítica literária e psicologia, se estendendo também à compreensão de fenômenos sociais. A teoria do bode expiatório estabelece a violência social gerada pelo desejo mimético exerce um papel fundamental na construção do espaço do sagrado em culturas. Crises e tensões sociais exigem o sacrifício trágico de uma vítima inocente para unificar uma comunidade em conflito. Sobre esta violência sacrificial estão estruturados os mitos fundadores de povos e culturas, estando presente de forma universal no imaginário cultural humano.